Prática de Inteligências é ferramenta essencial para a tomada de decisões assertivas

Segundo Ricardo Abdala, professor mestre especialista em Gestão Empresarial, as constantes mudanças do mundo e dos negócios exigem que gestores tenham preparo para enfrentar a nova realidade e sugere três pilares de desenvolvimento: Inteligência Competitiva, Inteligência de Negócios e Inteligência Artificial

A velocidade dos acontecimentos parece estar superando a velocidade do tempo. Coisas que hoje são corriqueiras no dia a dia não eram palpáveis em um passado recente. Este cenário foi previsto por estudiosos há anos. Os professores universitários norte-americanos Warren Bennis e Burt Nanus citaram no fim da década de 1980 o boom das mudanças, no Pós-Guerra Fria, e nomearam o momento de mundo VUCA: volátil, incerto, complexo e ambíguo. Vivendo nesse turbilhão, não nos resta alternativa a não ser a adaptação a esse novo contexto. “Chegou o momento que precisamos desaprender. Isto é, aprender com os erros do passado, mas desapegar de formatos e processos. Precisamos reavaliar constantemente o presente e, mais do que nunca, prospectar o futuro com base em informações agregadas para a tomada de decisões assertivas.” explica Ricardo Abdala, mestre especialista em Gestão Empresarial e professor adjunto da Fundação Dom Cabral, uma das dez melhores escolas de negócios do mundo e parceira da Fundação Fritz Müller (FFM).

“No âmbito corporativo, devemos nos questionar: qual o momento que a minha empresa está vivendo? O que preciso para me adequar hoje? Nos próximos anos, o que meu negócio vai mudar? O que será preciso para estar atualizado daqui há três ou cinco anos?”, pontua o professor. Abdala alerta que se antecipar às mudanças é decisivo para a sobrevivência dos negócios e aponta a importância de desenvolver as três ferramentas essenciais para o enfrentamento dessa nova realidade. “O conhecimento aplicado aos negócios faz a diferença”, afirma. Assim, a prática das inteligências, classificadas em três pilares, precisa ser uma constante no mundo corporativo atual. A Inteligência Artificial muda a forma de entregar valor para os clientes. A Inteligência de Negócios contribui para a avaliação de resultados e seus impactos. E a Inteligência Competitiva tem um papel fundamental na prospecção de tendências e para a tomada de decisão.

Assim, ao passo que as tecnologias (Inteligência Artificial) oferecem base e ferramentas para a busca de dados e dão subsídios para a implantação de inovações, os profissionais capacitados analisam o desempenho do negócio no contexto do mercado (Inteligência de Negócio) e entregam informações concretas para que os gestores possam fomentar conhecimento e direcionar a empresa pelo caminho mais adequado (Inteligência Competitiva).   

“O grande desafio do empreendedor é pensar estrategicamente as competências organizacionais, através da elaboração de modelos de negócios que identifiquem habilidades presentes e futuras, além de entender a gestão de negócios para auxiliar o organismo corporativo a desenvolver gente capacitada a trabalhar com inteligência organizacional. A transformação da informação em inteligência ocorre com a intervenção humana”, comenta Abdala. E complementa que o monitoramento do ambiente empresarial deve ser sistemático e contínuo para que as decisões sejam baseadas em evidências. “A informação serve para a tomada de decisão, mas é importante ter cautela com o volume dela. Os dados precisam ter valor agregado; dado lapidado se transforma em informação e informação concreta e cruzada é base para a tomada de decisão. Isso é usar as três inteligências a favor do negócio”, finaliza.

PAEX

O tema das Inteligências é um dos tópicos abordados no Programa Parceiros para a Excelência (PAEX), da Fundação Dom Cabral, oferecido em Santa Catarina pela FFM. Voltado para a implantação de um modelo de gestão que foca em melhorias de resultados e aumento de competitividade, o PAEX aposta em um realinhamento estratégico e avaliações gerenciais mensais para avaliação do progresso do empreendimento. Em Santa Catarina mais de 250 empresas já passaram pelo programa e no mundo, cerca de 600 negócios não apenas do Brasil, mas também no Paraguai, Portugal, México e Estados Unidos integram a rede de negócios do PAEX.

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