Governança Corporativa garante segurança aos negócios, destaca especialista

Estrutura consistente e transparente previne riscos e indica para decisões assertivas, destaca professor Dalton Sardenberg, professor do programa Parceiros Para a Excelência (PAEX), oferecido em Santa Catarina pela Fundação Fritz Müller.

A origem da governança tem base nos conflitos de agência, na busca do alinhamento entre os interesses dos gestores com os dos proprietários. Assim, sua existência e as formalizações que ela traz cumprem um papel preventivo. Estruturas de governança adequadas identificam a distribuição de direitos e responsabilidades entre os diferentes participantes de uma empresa e descrevem as regras e procedimentos para a tomada de decisões em assuntos corporativos.

As empresas precisam de estruturas de governança que forneçam as ferramentas para prevenir riscos e tomar decisões assertivas. São conselhos, comitês e sistemas de controle interno, além de políticas, regimentos e códigos que definem a posição de cada pessoa e as orienta para que não se desviem de sua missão. É preciso levar em consideração quais os instrumentos que fazem sentido para o momento da organização. “Considerando que a governança é a base de sistemas de controle de gestão e que o controle, seja ele qual for – de faturamento, de planejamento, de ação, de sistema – é o que dá segurança aos donos, sócios, proprietários, cotistas, acionistas, então estamos falando de responsabilidades bem divididas e delimitadas para o bom funcionamento do negócio”, pontua Dalton Sardenberg, professor do programa Parceiros Para a Excelência (PAEX), oferecido pela Fundação Fritz Müller (FFM) em parceria com a Fundação Dom Cabral, uma das 10 melhores escolas de negócios do mundo.

Investir em governança corporativa é um esforço coletivo dentro da organização, baseado em quatro pilares: transparência (que gera uma rede de confiança interna e externa), equidade (respeitando os interesses de todos os sócios, sejam majoritários ou minoritários), prestação de contas e compliance (regras de conformidade em vários âmbitos não apenas ligados à gestão direta, mas também relacionados a questões sociais e ambientais, por exemplo).    

“Que a governança precisa fazer parte do sistema de gestão empresarial é um fato e imprescindível para salvaguardar os interesses de qualquer negócio. Ela é necessária, precisa ser firme, consistente e clara para garantir a segurança dos investidores”, comenta Dalton. E pontua a importância de considerar as singularidades de cada segmento. “No atual momento de mercado, com o crescimento das startups por exemplo, uma estrutura de governança pesada não significa efeitos positivos.  Para este nicho específico, percebemos a tentativa de uma nova forma de governança que se adapte às necessidades dos negócios e aponte resultados mais efetivos”, explica o professor. 

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